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Treinamento para socorrer vítimas de parada cardíaca
Dez minutos para viver ou morrer. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), esse é o tempo máximo para salvar a vida de uma pessoa que sofre um ataque repentino do coração ou derrame cerebral. Se as vítimas forem atendidas nos primeiros cinco minutos, as chances de sobrevivência são de 50%, mas diminuem numa proporção de 10% para cada minuto que passa.
Segundo estimativas da SBC, 800 brasileiros morrem do coração todos os dias. Do total de mortes, 65% ocorre subitamente, ou seja, tão rápido que o paciente não consegue chegar com vida no hospital. Para mudar essa realidade, a entidade lançou a campanha "Tempo é Vida". O objetivo é treinar pessoas para o socorro de vítimas da parada cardíaca, principal causa da morte súbita.
Queremos treinar a população para ter conhecimento dos primeiros sinais de infarto, derrame, obstrução e tratamento da parada cardiorrespiratória. E manipular um aparelho que chama desfibrilador, que dá choque no coração, afirma o médico Manoel Canesin, coordenador do Grupo de Estudos em Ressuscitação e Emergência Cardiovascular da SBC.
As doenças cardiovasculares matam, segundo a SBC, 300 mil pessoas por ano no Brasil. Segundo a entidade, 82% das paradas cardíacas ocorrem dentro de casa e 60% na presença única de uma criança ou adolescente. É necessário que em todas as escolas seja ensinado como salvar um paciente que está tendo ataque do coração, defende Canesin.
Os primeiros sintomas de uma parada cardíaca são, segundo o médico, a perda da consciência e a ausência de pulso e respiração. No caso do derrame cerebral, a vítima geralmente fica com a boca torta e perde a força dos músculos.
A faixa etária onde mais ocorre morte súbita vai de 40 a 60 anos, embora o mal possa acometer todas as idades. A maneira de prevenir é eliminar os fatores de risco: abandonar o tabagismo, diminuir a obesidade, realizar atividade física, diminuir o colesterol, a hipertensão arterial e realizar exames cardiovasculares anuais caso tenha mais de 30 anos.