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Senador de Mato Grosso do Sul pede que Brasil se afaste do Mercosul

Por Agência Senado  em 24 de agosto de 2013 - 17:40

O senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) recomendou ontem que o Brasil se afaste do Mercosul e comece a negociar diretamente com cada país da América Latina ou mesmo com os da Europa, como já anunciado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Ao usar a expressão “delenda Mercosul” – para observar que medidas drásticas devem ser realizadas o mais rápido possível – Ruben Figueiró informou que o presidente eleito do Paraguai, Horacio Cartes, também manifestou, em seu discurso de posse, desinteresse em retornar ao Mersocul. O Paraguai foi suspenso do bloco após o impeachment do então presidente Fernando Lugo, por considerar que aquele país contrariou os preceitos da democracia.

– E eu concordo com ele. Entendo que o Brasil também deveria seguir este caminho: o de negociar separadamente com cada vizinho, disse o senador.

Atualmente, observou Figueiró, é mais fácil manter relações comerciais com todo o mundo sem a necessidade de pertencer a algum bloco econômico. O parlamentar disse que a ideia de criação do bloco do extremo Sul para intercâmbio comercial foi interessante mas, segundo ele, as relações estão deterioradas, atualmente, e o sistema econômico do Mercosul não é mais favorável ao Brasil.

O senador disse concordar com a afirmação do diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Roberto Giannetti da Fonseca, de que o Mercosul está estagnado, o que impede negociações com maior velocidade. Giannetti, informou o senador Figueiró, participou de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), no dia 20, e criticou a falta de estabilidade das regras do Bloco.

– Tenho a dizer que os entraves que essa aliança já criou ao Brasil, inclusive pelos embaraços impostos às relações ou alianças com outros blocos comerciais, indicam que a boa ideia é se afastar do Mercosul enquanto há tempo – advertiu Ruben Figueiró.