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Regência: Fetems promete passeata no Parque dos Poderes

Por Humberto Marques e Paulo Fernandes - Campo Grande News  em 12 de março de 2007 - 18:09

Professores da rede estadual de ensino de Mato Grosso do Sul podem realizar uma passeata na próxima quinta-feira (15 de março) no Parque dos Poderes, em Campo Grande, caso o governo do Estado não efetue o pagamento integral da regência de classe para a categoria. A afirmação é do presidente da Federação dos Trabalhadores na Educação de Mato Grosso do Sul, Jaime Teixeira, ao informar que a maioria dos docentes rejeita o pagamento da regência em agosto, como chegou a propor o governador André Puccinelli (PMDB).

“Só aceitamos o pagamento imediato da regência. Se o governo não aceitar pagar o que temos direito por lei, iremos parar por 24 horas na quinta-feira, e faremos uma passeata às 9h no Parque dos Poderes”, disparou Teixeira. Segundo o presidente da Fetems, 67 dos 69 sindicatos que participaram da votação sobre o pagamento da regência em agosto rejeitaram a proposta do governador.

Conforme os professores, a folha de pagamento do magistério estadual é de R$ 37 milhões. Geraldo Teixeira, presidente do Sindicato Campo-grandense dos Professores, ressaltou que o pagamento da regência implicaria em um custo adicional de R$ 2 milhões aos cofres estaduais. “O governo pode arcar com R$ 2 milhões. Não conseguimos acreditar que isso não é possível”, ressaltou.

A direção da Fetems e cerca de 70 delegados dos municípios já estão na Governadoria, aguardando o início do encontro. A reunião ainda não teria começado por conta de um impasse: a direção da federação pretendia realizar uma reunião a portas fechadas com Puccinelli e, em seguida, transmitir as informações em uma assembléia extraordinária no Parque dos Poderes. Porém, o governador teria a intenção de se reunir de uma vez com todos os dirigentes.

A regência de classe foi instituída pela Lei Complementar 109/04, após negociação com o então governador Zeca do PT. O dispositivo veio sendo reajustado gradualmente, chegando a 80% em fevereiro de 2005. Neste ano, o percentual chegaria 100%, o que não foi providenciado.