Geral

Produtor economiza R$ 17 milhões sem etapa de vacinação

Por Fernanda Mathias / Campo Grande News  em 04 de agosto de 2005 - 13:41

David Majella
David Majella

A supressão da etapa de vacinação de bezerros contra febre aftosa, estudada pela Iagro (Agência Estadual de Defesa Animal e Vegetal) para ocorrer em Mato Grosso do Sul, pode proporcionar ao produtor rural economia de cerca de R$ 17,5 milhões, considerando rebanho de 7 milhões de bezerros e custo de R$ 2,5 por animal, somando vacina, taxa e mão-de-obra, segundo o presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Laucídio Coelho Neto.
Mais que dar fôlego ao setor, que acumula perda de 13% na arroba no primeiro semestre deste ano, a medida também serve para mostrar que Mato Grosso do Sul está avançando em busca do status de área livre de aftosa sem vacinação. “Esta é uma proposta da Acrissul que tem mais de dois anos e por enquanto é o passo que podemos dar. Precisamos que o Paraguai mantenha o status de área livre de febre aftosa e que a Bolívia avance na defesa, porque ainda está muito atrasada e tem casos de aftosa no norte. Para nossa sorte a área de fronteira com o Mato Grosso do Sul é considerada livre da doença”, afirma Laucídio.
Ele recorda que esta etapa de vacinação foi criada em um momento de emergência, quando foi constatado o foco de febre aftosa em Porto Murtinho. Estados como São Paulo, Paraná e o Mato Grosso não têm esta etapa, importante àquela época para garantir a segurança do rebanho de Mato Grosso do Sul, mas que agora não se justificaria mais. A proposta é adiantar a vacinação geral do rebanho – de mamando a caducando – para maio e passar a etapa de maio, envolvendo animais de 12 a 24 meses, para novembro.