Geral
Presidente da Abras critica a carga tributária do país
O presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), João Carlos de Oliveira, criticou hoje, na abertura da Expo Abras 2004, a carga tributária do país. Ele afirmou que ainda subsiste em todas as esferas governamentais uma voracidade fiscal injustificável e equivocada, para tentar resolver os problemas pela via fácil da simplificação com o aumento de impostos.
Segundo Oliveira, estudos do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário apontam que o brasileiro precisa trabalhar 4 meses e 15 dias apenas para pagar os tributos. Para o presidente da Abras, são pífios e insatisfatórios os resultados da reforma tributária aprovada no Congresso, "porque não houve redução da tributação".
Oliveira afirmou que a diminuição da carga tributária é vital para o crescimento que o país precisa e disse que as empresas do setor estão no limite de sua capacidade de pagar impostos.
Tais impostos esmagam a produção, pressionam o empresariado, desanimam os cidadãos e inibem a iniciativa econômica. É preciso fazer com que eles passem cada vez mais a incidir sobre a renda e não sobre a produção, como acontece nas economias mais avançadas. Nesses países, 80% da receita de tributos provêm da renda e apenas 20% da cadeia produtiva. No Brasil é exatamente o contrário, afirmou.
O presidente da Abras defendeu ainda a redução no número de alíquotas de impostos.
Outra questão apontada como urgente pelo presidente da Abras é reforma trabalhista. É preciso rever, e de forma rápida, a antiquada e protecionista legislação que onera pesadamente o processo produtivo, sem proteger a classe trabalhadora, na medida que vem ampliando os já alarmantes índices de desemprego, defendeu.