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Polícia diz que lei não impede investigar deputado
Apesar de deputados estaduais questionarem o fato de Ari Artuzi (PDT) ser colocado como suspeito de ter simulado atentado contra ele próprio, a Polícia Civil garante que a condição de parlamentar não impede que ele seja investigado.
Segundo o delegado responsável pela área de comunicação da Polícia Civil, Jéferson Nereu Lupe, a Constituição de Mato Grosso do Sul determina apenas que após o fechamento do inquérito, para processar um deputado estadual, é que será necessária autorização da Assembléia Legislativa.
Estamos na fase de investigação, só depois de encerrar o inquérito e apresentar o resultado à Justiça é que, se houver provas contra o deputado, será preciso solicitar autorização para processá-lo, reforça.
O delegado tenta minimizar a polêmica que começou na noite da última segunda-feira, quando Ari Artuzi diz ter sido alvo de disparos em uma estrada vicinal na região de Dourados.
A Polícia fez exame residuográfico nas mãos da pessoa que dirigia o carro do deputado, mas isso pode ser até uma prova favorável ao Artuzi, pode descartar a possibilidade de uma fraude, comenta Lupe.
O exame citado por ele, foi aplicado no ex-vereador Jorginho Dauzacker, que conduzia o veículo Gol, atingido por projéteis na noite do dia 26, e em um primo dele, que segundo denúncia anônima teria feito os disparos a pedido do deputado.
Os laudos sobre a cena do crime, sobre a existência de resquícios de pólvora na mão dos dois envolvidos e em relação ao carro e a dinâmica dos projéteis, devem sair no máximo em 30 dias, informa o delegado.
Por causa da repercussão, a equipe de Dourados deve pedir os laudos em regime de urgência, admitiu Jéferson Nereu Lupe.
Sobre a suspeita de crime forjado, um dos laudos pode ser esclarecedor. A dinâmica dos projéteis (pontos de impacto no carro, entrada e saída, e o trajeto percorrido pelas balas), deve apontar se havia ou não intenção dos atiradores de matar Ari Artuzi ou o ex-vereador Dauzacker.