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Milhares de peixes estão morrendo em Alta Floresta

em 31 de agosto de 2005 - 09:50

Uma notícia preocupante, publicada ontem pelo Portal 24horasnews, de Cuiabá, sobre um acidente ecológico. Acompanhe a matéria de autoria daquele site:

A cena é desoladora. Causa revolta. Num espaço de pouco mais de 500 metros, uma cena tétrica, própria de filmes de terror do estilo "trash": pelo menos 10 mil espécimes de peixes de diversas espécies, todos mortos. Nem o pequeno jacaré que não chegava a meio metro de comprimento, escapou da tragédia ecológica. O local do crime ambiental é o Rio Taxidermista II, em Alta Floresta, região Norte de Mato Grosso.

Precisamente, num ponto que fica há pelo menos 15 quilômetros do primeiro encontro de peixes mortos. E a julgar pelo que está acontecendo, os dejetos estão “descendo” e provavelmente vão parar no Teles Pires, onde o “estrago” poderá ser ainda maior.

No último final de semana, o pescador Antônio Carlos Oliveira, o Toninho, morador do bairro Cidade Bela pegou sua bicicleta, como faz em todos os finais de semana e, juntamente com um colega, encaminhou-se até a o rio para pescar. Na ponte sobre o rio, na comunidade Céu Azul, ainda não era possível divisar o tamanho da tragédia. Os dois buscaram um ponto conhecido rio acima.

Chegaram a arrumar suas varas e anzóis, içaram as iscas, quando perceberam um peixe “atolado” num trecho de barro. Resolveram mexer com o pequeno animal e perceberam que ele estava morto. Foi aí que os dois descobriram que já existia inúmeros deles na mesma situação. “Rio abaixo”, encontraram um jacaré morto. Imediatamente pegaram seus apetrechos e vieram para a cidade. A denúncia foi feita à reportagem do Diário e da TV Nativa pela manhã de ontem. Fomos até o local e confirmamos o que foi denunciado. O próprio Toninho se assustou pois o número havia aumentado significativamente. Tinha muitos pintados, pacus, piaus, lambaris, alguns tucunarés e até turviras, peixe considerado de “alta resistência” pelo pescador. Mas a cena que fica mesmo é do pequeno jacaré, que, apesar de toda a sua altivez, quedou-se diante da ação predatória do homem.

Segundo Toninho, seu colega viu ainda uma capivara morta dentro do rio, que deve ter sido levada pela correnteza. O local é frequentado por um grande número de pessoas. Há muitos pontos de pesca e a “riqueza” do rio ficou claramente evidenciada com o número de peixes mortos.

Foi verificado ainda um grupo de bovinos foi à beira do rio e bebeu água tranquilamente entre os peixes mortos. No mesmo instante, um pássaro sobrevoou o Taxidermista II e “pescou” um dos peixes que estava boiando. Cenas preocupantes que exigem urgente atitude das autoridades.