Mano: "o Corinthians é maior do que todos nós"

O gaúcho Mano Menezes, novo treinador do Corinthians, afirmou que está ciente de sua responsabilidade, mas negou o título de “salvador da pátria”. “Não é esse meu objetivo e não enxergo o futebol por esse ângulo de salvador. Futebol é equipe, é grupo. Eu não vou mudar a história do Corinthians, eu vou fazer parte da história do Corinthians, que é maior do que todos nós”, declarou o técnico.

Transparente, Mano confessou que conversou também com a diretoria do Cruzeiro, que pretendia levar o treinador para a Toca da Raposa. “Ontem eu e o Carlos Leite, meu representante, tivemos dois encontros. Primeiro almoçamos com a diretoria do Cruzeiro; depois, informamos a eles que teríamos um encontro com o Presidente do Corinthians e com o Antônio Carlos [novo Diretor de Futebol]. Após os encontros, entendemos que eu deveria fazer o trabalho aqui no Corinthians, com todo respeito que o Cruzeiro merece”, explicou.

Perguntado se estava preocupado com as limitações do elenco corinthiano, Mano disse que o Corinthians não é diferente da maioria dos clubes brasileiros. “Quando digo que é possível fazer um bom time com jogadores medianos não estou falando nada mais do que a realidade de quase todos os times do Brasil. Se não temos superioridade técnica, temos que ter mais organização, disposição tática, e um bom ambiente de trabalho. Essa é uma receita que vamos seguir aqui no Corinthians, sem mágica, e eu tenho certeza que pode dar certo”.

Mano falou ainda sobre as possíveis cobranças da Fiel, conhecida pela sua exigência. “O torcedor se manifesta na proporção do que está acontecendo com a equipe em termos de resultados. Se eles não são bons, a manifestação é mais dura, mais crítica, e no Corinthians isso é bem participativo”, declarou o treinador, que aproveitou para agradecer a confiança nele depositada pela diretoria e pela torcida do Timão. “Vamos trabalhar para não decepcionar toda essa confiança que estamos recebendo”.

Como não podia deixar de ser, Mano Menezes foi questionado se pretende trabalhar com atletas vindos da base, uma tradição no parque São Jorge. “O técnico de hoje do profissional precisa ter uma relação estreita com as categorias de base e acompanhar de perto. Vamos ter que recorrer às categorias de base para compor o grupo em um primeiro momento e para que as avaliações sejam efetuadas. Certamente vamos encontrar jogadores nas categorias de base para darem sustentação na quantidade, para podermos, então, investir pontualmente na qualidade”, declarou.