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Leia a coluna Amplavisão, por Manoel Afonso

Por Manoel Afonso  em 18 de novembro de 2005 - 09:49

ARI ARTUZZI ao cronista: “ entrei no PMDB, mas não tenho tido ligações com a sua cúpula; estou cuidando da minha vida, cavando votos por aí. Se lá na frente, eu estiver bem na fita, o PMDB investirá em mim.”

INGÊNUO ou sabido? Na Assembléia as opiniões são divididas. Alguns acham que ele chegou por acaso ou sorte. Outros, levam o deputado mais a sério, achando que ele fala e tem o jeito que o povão gosta.

PENSO. A tese do vereador Youssif, de que “ partidos impedidos de se coligarem oficialmente, façam acordos velados, não se manifestando apoio e nem disputando cargos com os aliados”, é a senha para 2.006.

TIRO CERTO. Rigo conseguiu algo raro: calar até a galeria para ouvi-lo falar sobre as usinas. Com dados e citações apropriadas, seu discurso foi a pá de cal e assim enterrou de vez o projeto de Dagoberto.

CRITICADA. Os defensores do projeto não pouparam a Ministra Marina Silva, na mesma linha crítica do governador Zeca. Aliás, nosso Estado voltou ao noticiário nacional e de forma lamentável. E tem jeito?

SOLUÇÃO. Retirar o projeto e incluir as 5 faculdades e entidades num grande debate sobre o problema, foi, a dica de Rigo. Mas Onevan, da CCJ, quer o projeto votado e derrotado em plenário.

CAMINHOS. Alguns deputados defendem o projeto por questão partidária. Casos de Loester e Luizinho Tenório. Outros, como Kemp e Teruel, são contra por visão pessoal, indo até contra o Governo Estadual.

1-CANAVIAL. Se cana trouxesse progresso, Alagoas não seria miserável...importar mão de obra de bóias frias não é sinônimo de progresso...se usina fosse a solução, o distrito do Quebra Coco teria virado metrópole.

2-CANAVIAL. Usina traz escravidão branca...o trabalho é temporário...quem visitar as cidades nordestinas que vivem da cana leva um susto diante da miséria...usina significa patrocínio para candidatos em 2.006.

DAGOBERTO. Ficou bem nos municípios que querem usinas, mas na opinião pública em geral saiu arranhado. Para quem tem pretensões maiores, o episódio deverá ser debitado em sua conta lá na frente.

“BRINCADEIRA”. Mais uma vez colocaram uma bolinha vermelha na ponta do nariz do brasileiro. Após tantos gastos e oba oba, a CPI do Mensalão frustra a todos. E nós, pensamos que o Brasil ia mudar!

NA ASSEMBLÉIA. Conversei com Picarelli e ele assegura: não penso em candidatura a deputado federal. Não quero sair daqui! É possível o Antônio João também concorrer à Assembléia. Ele tem seu eleitorado.

LÚDIO e o Caixa Dois: “Penso que sim. Não o caixa dois oriundo do poder público. Mas, como evitar de um companheiro que quer te pagar uma camisa ou de pagar uma banda para tocar no seu comício?( no jornal “O Estado”)

CONCLUSÃO: A tese de Lúdio permite o dinheiro “por fora” nas campanhas desde que a grana não seja do Governo. Moral da história: quem não tiver padrinhos, tipo empreiteiros e cia, morre na praia. Complicado.

O EX-SENADOR também disse acreditar numa coligação branca em pról de André, caso permaneça a verticalização. E arrematou: “o PMDB é um partido que aceita tudo. No decorrer da história, sempre aceitou isso mesmo.

ZECA. Não quer ficar sem mandato. Para tentar chegar ao Senado tem feito poucas e boas. Uma delas – ao promover dezenas de militares, mostrou: quer garantir votos de algumas categorias. E vem mais por aí!

ESTILO. Zeca gaba-se de não ter atrasado o pagamento do funcionalismo. Esse mérito é indubitável. Mas fica a velha pergunta no ar: para se ganhar uma eleição, é imprescindível o apoio do funcionário público?

PROBLEMAS. Zeca colidiu feio com a ministra Marina, do Meio Ambiente. Ela é fraca, mas quem saiu desgastado foi o governador, porque a opinião pública é contra as usinas. Até o Gabeira criticou Zeca.

FANTASMAS. Conheço o filme: perto de eleições desenterram cadáveres e suas vísceras são expostos na mídia. O caso da venda da jazida de manganês de Urucum (lembram-se?) passou a figurar no cardápio eleitoral.

SUMIDOS. Prefeitos que sempre circulam pela Assembléia em busca deste ou daquele deputado, sumiram nesta semana. Pelas notícias, a situação anda de mal a pior no interior. Quitar a “folha” é prioridade.

SUPER ZÉ. Parece gato: haja fôlego! Apesar das pressões, vai resistindo, usando de todos os recursos. Aliás, há fartura de recursos neste país. Não se iludam: pelo andar da carruagem, vai acabar sobrevivendo.

ACABOU? Faz tempo que não ouço nem uma palavra sobre o trabalho da “Comissão de Notáveis” criada pelo Governo Estadual. Ela parece ter se exaurido silenciosamente neste mar de desencontros e desilusões.

GALILEU: “ Infeliz o povo que precisa de heróis.”