IPC-S em 0,70% é o mais alto das seis últimas apurações

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) de 31 de março, divulgado ontem pela Fundação Getúlio Vargas, variou 0,70% e ficou 0,02 ponto percentual acima da taxa anterior. Os gastos com transportes, habitação e vestuário pressionaram a inflação no mês, segundo o economista André Furtado Braz, da FGV. O índice é o mais alto nas seis últimas apurações, superado apenas pelo de 0,90% na primeira semana de fevereiro.

O reajuste nas tarifas de ônibus urbanos em São Paulo, além da alta nas tarifas de água e de telefonia móvel foram responsáveis por mais de 50% do IPC-S nessa edição, acrescentou o economista. Sem o efeito dos preços administrados, explicou, o índice ficaria em torno de 0,32%.
Na próxima apuração, cuja coleta deverá ser encerrada amanhã (7), novos preços administrados deverão ser incorporados ao índice, entre eles a mudança de patamar de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Produtos) ocorrida em Porto Alegre (RS) e os de produtos do setor de alimentação, que já antecipam alta no atacado.

Também influenciarão o próximo índice, de acordo com André Braz, o reajuste nas tarifas de transporte público anunciado para o Rio de Janeiro e os de medicamentos e produtos de higiene.