Finanças das famílias & Clubes de futebol

Ao ouvir as notícias sobre a situação financeira de vários clubes de futebol neste final de ano, não há como deixar de compará-la com a contabilidade doméstica da grande maioria dos lares brasileiros.

O noticiário diz que o Vasco e Botafogo – por exemplo – vivem a pior fase desde a fundação. O primeiro, mesmo voltando ao grupo de elite do Brasileirão, apresenta problemas graves de toda ordem. Já o segundo, que caiu para a Série B, além dos salários atrasados de jogadores, não consegue pagar dívidas atrasadas até aquelas junto ao o Fisco.

Em ambos os casos faltou planejamento à cargo de gente competente, como fazem os clubes do Primeiro Mundo, que se transformaram em empresas espetaculares de ganhar dinheiro. Infelizmente os dirigentes de futebol no Brasil não conseguem repetir o brilho dos nossos atletas dentro de campo. Confundem paixão fanática com administração.

Na outra ponta, o noticiário econômico de final de ano, tem também abordado a questão do endividamento da família brasileira de modo geral. O sonho de consumo bateu as portas de todos os lares, independentemente da classe social, e em grande parte deles o resultado final está no vermelho.

Teve gente que trocou o ônibus pela moto; outros se libertaram da moto pelo conforto do automóvel. Muitos, se empolgaram com a casa nova e investiram pesado no mobiliário, sem atentar para os gastos do dia a dia da família. Enfim, a sedução pelo crédito fácil acabou prevalecendo em todos os casos.

A gente sabe que a abordar o problema é como chover no molhado. Todo final de ano é esse desespero de tentar sair da lista dos inadimplentes para voltar a gastar e se endividar. Uma loucura!

E assim, analisando os mirabolantes planos de nossos dirigentes de futebol e a forma como muitos brasileiros tratam a sua economia do lar, conclui-se de que ambos tem como ponto em comum a utopia.

E convenhamos: se a economia está ligada a matemática, uma ciência exata, não há espaço para ilações. De leve..