Geral
Falta de capacitação atrasa Defesa Civil no MS
Preocupado com a situação de chuvas intensas que atinge muitos municípios de Mato Grosso do Sul, o coordenador estadual de Defesa Civil (Cedec/MS), coronel Ociel Ortiz Elias, alerta que a falta de capacitação e a não indicação de coordenadores nas Comdec (Coordenadorias Municipais de Defesa Civil) podem atrasar o atendimento no âmbito da defesa civil.
Hoje os 78 municípios do Estado já contam com uma Comdec, porém, em 22 cidades os prefeitos ainda não nomearam seus coordenadores, e mesmo entre as que já existem coordenadores nomeados, apenas cinco conta com pessoal treinado para situações de emergência, revela.
Diante da situação da defesa civil no Estado, Ortiz revela que a prioridade número um da Cedec será capacitar todas as coordenadorias municipais de defesa civil do Estado e fomentar a ativação das que ainda não existem coordenadores nomeados.
A qualificação pode acelerar o atendimento das situações de emergência no Estado. Para isso, encaminhamos no dia 3 de janeiro um pedido à Secretaria Nacional da Defesa Civil objetivando montar um calendário de cursos de capacitação em Campo Grande. Assim que for confirmado iremos iniciar os treinamentos, declara.
Atualmente o Estado possui o município de Tacuru em situação de emergência homologado. Os danos provocados pelas chuvas no fim do mês de dezembro causaram a queda de nove pontes na região, destruição de dois dutos de captação de água sob a MS 160, além de outros danos nas ruas e no sistema de abastecimento e tratamento de água, causando prejuízos estimados em R$ 5 milhões. A expectativa agora é que a secretária nacional da defesa civil também reconheça a situação e habilite a vinda de recursos federais para a reconstrução do município.
Neste ponto, Ortiz destaca a importância das Comdec na elaboração dos Avadans (Relatórios de Avaliação de Danos) que são responsáveis pela homologação da situação do município. O pessoal dos municípios precisa estar bem capacitado para preencher estes formulários rápida e corretamente. Se não ocorrer isto, o Estado ou o governo federal não pode homologar a situação dos municípios, destaca.
Outro município que foi atingido pelas chuvas é Bataiporã, onde no dia 9 deste mês, 400 residências foram inundadas, deixando 220 moradores desalojados e 60 desabrigados. O município decretou situação de emergência e aguarda homologação do Estado. Em Santa Rita do Pardo, o município ainda está elaborando o Avadan, mas sabe-se que oito pontes foram danificadas, isolando a área rural do município, prejudicando diretamente a subsistência de 700 produtores de leite que não têm para onde levar a sua produção.
Também com dificuldades econômicas, Japorã registra danos em área de assentamentos rurais e de áreas indígenas. As chuvas destruíram parte da produção nestas comunidades. Os técnicos do município também estão elaborando o levantamento dos prejuízos causados na região.