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Estocagem do leite não deve ocorrer em MS

Por Adriana Molina  em 23 de janeiro de 2004 - 14:29

A primeira medida para amenizar os efeitos da crise de Parmalat no Brasil foi a liberação de R$200 milhões em empréstimos do Governo Federal para a estocagem de leite e derivados. Em Mato Grosso do Sul, a crise já chegou a afetar fornecedores da região de Cassilândia.

Para Ademar da Silva Júnior, diretor secretário da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (FAMASUL), a ajuda do Governo deve ser positiva e eficaz em dois pontos: o primeiro é no preço do leite, que segundo ele hoje está baixo mais devido a especulação industrial do que por influência direta da crise. O segundo ponto seria o abastecimento do produto para o período de seca, onde a produção é menor. "Com o crédito é possível enxugar o produto do mercado agora, para que no período de entressafra se tenha leite e derivados", explica.

Ademar também acredita que a estocagem não ocorra em Mato Grosso do Sul devido a falta de estrutura, "não há nenhuma indústria de porte que possa fazer a estocagem e nem local para a armazenagem", foi o que disse o diretor que também acredita que além de exportar o leite, Estado deva investir na produção de derivados, como o queijo.

Hoje, Mato Grosso do Sul está dividido em oito bacias produtoras, Campo grande é a segunda maior com uma produção média de 74 milhões de litros por mês, perdendo apenas para a Bacia do Bolsão, que produz aproximadamente 99 milhões. O rebanho leiteiro do estado é de 442 mil cabeças, produzindo uma média de 427 milhões de litros por mês.