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Dólar abre novembro com leve alta

Por Humberto Marques/Campo Grande News  em 01 de novembro de 2006 - 19:31

Dólar abre novembro com leve alta, cotado a R$ 2,145
Quarta-feira, 01 de Novembro de 2006 16:56
Humberto Marques


O dólar abriu o mês de novembro praticamente estável, com leve alta de 0,05% e vendido a R$ 2,145, graças à intervenção direta do Banco Central através de leilão de compra de moeda, o que enxugou a liquidez do mercado. Segundo a Reuters, os investidores mantiveram-se cautelosos durante todo o dia, por conta do feriado de Finados e o conseqüente fechamento dos mercados brasileiros.

Nesta quarta-feira, o BC aceitou cinco propostas em seu leilão de compra, com taxa de corte a R$ 2,1424. A aquisição ajuda a aumentar as reservas internacionais brasileiras, que na terça-feira superaram os US$ 78 bilhões pela primeira vez na história. Mesmo com as ações mais contundentes do Banco Central, o mês de outubro terminou com fluxo cambial de US$ 3,187 bilhões, conforme dados divulgados na manhã de hoje.

As instituições bancárias reduziram suas posições compradas em dólar (isto é, o total de dólares “em caixa”) de US$ 2,419 bilhões em setembro para US$ 689 milhões em outubro. Isto pode significar uma maior aposta dos bancos no real, já que menores posições na divisa norte-americana significariam mais reais em circulação ou em posse dos operadores, ou mesmo uma maior presença de investidores no País.

O dólar abriu o dia com tendência de queda, diante do bom desempenho da Bolsa de Valores de São Paulo, outro indicativo de que a presença de investidores é maior. “O pessoal está vendendo dólar e comprando bolsa”, disse um operador de câmbio. O saldo de estrangeiros da Bovespa está positivo em R$ 1,4 bilhão até 27 de outubro, o segundo melhor resultado do ano – inferior apenas a janeiro, quando o montante foi de R$ 2,6 bilhões. O otimismo na bolsa paulistana, que subiu 1,5% nesta tarde e superou os 40 mil pontos, foi motivado por declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de que não devem haver grandes mudanças na política econômica em seu segundo mandato.