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Docerias com capricho gourmet dão ar delicado ao prédio da antiga rodoviária
A parte superior do prédio é menos movimentada. No corredor do doceria apenas duas salas estão ocupadas. Ana explica que o local foi escolhido a dedo, mesmo sabendo que em outro ponto, o movimento seria maior. “Aqui é silencioso, tem uma vista linda e só sobe quem vai consumir”, explica.
Abrir um negócio que destoa do comércio local causa curiosidade e dúvidas entre quem frequenta. Segundo a confeiteira, a novidade rendeu inúmeras perguntas, mas a clássica segundo ela é: “É de comer”.
Em três meses a doceria já se paga. garante a proprietária, que relembra as críticas do início.“Me chamavam de louca e agora me dão razão.”
Concorrência? - No térreo, há um mês o prédio ganhou a “Confraria dos Doces”. Mas a guloseima da vez é o chocolate, desde bombons gourmet a tortas.
A enfermeira Marry Camargo, de 43 anos, seguiu as sugestões de quem elogiava os doces feitos para os aniversários da família e de amigos e resolveu abandonar a profissão há um ano e meio, para ir atrás do seu próprio negócio.
Ela conta que a produção era feita em casa, no bairro Santa Luzia, e em busca de um local ideal para comercializar os chocolates, a rodoviária antiga foi a melhor opção. “É um centro comercial, tem uma estrutura boa, bem centralizado, estacionamento por todo o lado. E acredito que será revitalizado”, diz a otimista.
O aluguel da sala no térreo custa R$ 800,00. Menos da metade do valor encontrado na cidade, que segundo ela começa nos R$ 1.8 mil. “Pra quem está começando, quer uma oportunidade, essa é a chance”, diz a confeiteira.
Para Marry, a “fama” de abandono é dificuldade para vender. Segundo ela, a loja atinge as classes A, B e C. “Não tem rico ou pobre, todos são clientes. Passam e compram”.
Os bombons custam a partir de R$ 2,00, e são recheados com brigadeiro, beijinho e até pimenta. A confraria também produz tortas, inxlusive, por encomendas. O quilo custa R$ 25,00.