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Deputado do PT desafia comissão de ética e rejeita lista
O deputado Domingos Dutra (PT-MA) disse há pouco, em plenário, na Câmara Federal, que enfrentaria a comissão de ética de seu partido, que fechou o voto em favor da lista preordenada, mas que não votaria a favor desse item. Para ele, a reforma política não se resume à lista preordenada.
Ele defendeu o aprofundamento da discussão da fidelidade partidária, das federações de partidos, do financiamento público de campanha e do fim dos suplentes de senadores, que assumem o mandato na ausência dos titulares sem ter nenhum voto. No seu entender, só com o debate desses outros pontos se conseguirá a democratização da reforma.
Primeiro passo
Já o deputado João Almeida (PSDB-BA) defendeu a aprovação da reforma com a lista fechada. Segundo ele, se o sistema eleitoral não for alterado, não se conseguirá modificar tudo o mais que necessita ser transformado. "Vamos aproveitar a oportunidade para fazer essa reforma agora. Pode não ser a melhor, mas é um primeiro passo", resignou-se.
No entender de João Almeida, em nenhum lugar do mundo se fez reforma política completa sem que o país passasse por uma catástrofe ou por uma nova Constituição. Ele lembrou que, na aprovação da Constituição de 1988, essas questões não foram resolvidas e o Congresso aprovou muitas outras leis, como a dos partidos e das eleições, com sucessivas modificações para se adaptar a novas realidades.