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Delcídio diz que Lula não pode "generalizar aliados
Separar o joio do trigo, afastando más companhias e consolidando boas alianças. Esta é a estratégia defendida pelo líder do PT no Senado, Delcídio do Amaral, para o governo Lula. Não podemos generalizar como se todos os partidos aliados fossem ruins. Tem gente boa, mediana e ruim. O que precisamos é separar quem não ajuda o governo de quem pode nos ajudar. A população precisa de uma ação fulminante do Congresso para acabar com essa novela. Não se pode deixar que isso prejudique a estabilidade do país, disse em entrevista ao programa de rádio Tribuna Livre, da FM Capital.
Para o senador, o presidente Lula está conduzindo bem a crise política instalada no Planalto pelo até então companheiro Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB.
A prioridade agora é recompor a base aliada, fragilizada com o furacão Jefferson. Segundo Amaral, a exoneração da direção dos Correios e do Instituto de Resseguros do Brasil, determinada ontem por Lula, comprovam que o Planalto não será complacente com a corrupção. É o início de uma série de medidas para retomar o controle político e das ações de Governo, afirmou.
O líder petista reitera que a reação rápida de Lula, um dia depois das denúncias de Jefferson de que congressistas aliados teriam recebido mensalão de R$ 30 mil para votar a favor do governo, é determinante para amenizar os impactos negativos junto à população. Infelizmente a imagem do governo é prejudicada pela atitude de alguns. Mas esses acontecimentos nos serviram de lição. Não tenho dúvidas de que o governo está mais atento e rigoroso, analisou.
Reflexos em MS Amaral espera que a postura equilibrada de Lula no episódio Jefferson possa assegurar danos mínimos ao PT nas próximas eleições estaduais e na disputa pela reeleição do presidente. Mas pondera que os reflexos são inevitáveis: A imagem do governo Lula repercutirá nas eleições estaduais. Não dá para separar uma coisa da outra, concluiu.