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"Baque” da crise já se reflete na militância, diz Egon

Por Fabiana Silvestre e Jacqueline Lopes/Campo Grande News  em 26 de julho de 2005 - 08:04

Apreensão, perplexidade e desânimo. Esses são os sentimentos demonstrados pela militância petista depois das denúncias sobre corrupção, segundo informa o vice-governador de Mato Grosso do Sul, Egon Krakhecke (PT). Ele tem percorrido os municípios divulgando as propostas do candidato Valter Pomar à Direção Nacional do PT e de Rubens Alves à sucessão do diretório regional.

“Há muita apreensão, mas reafirmo a importância da disputa interna. É a oportunidade de discutir um novo curso para o partido. O baque é muito grande, sem dúvida, mas o partido é maior do que a crise”, afirma Krakhecke, que integra a ala mais à esquerda do partido no Estado.

Segundo ele, é inevitável que a crise política – deflagrada pelo envolvimento de petistas com denúncias de corrupção em estatais e pagamento de mensalão a parlamentares, para que votassem a favor do governo – se reflita nos ânimos da militância. Para Krakhecke, no entanto, a atitude será a de apoiar o PT. “Há sim certa perplexidade e um pouco de desânimo, mas acredito que haverá uma grande mobilização de apoio ao partido”, diz.

Em âmbito nacional, petistas também da ala esquerda estão organizando um ato de desfiliação em massa para o dia 25 de setembro, no Rio de Janeiro (RJ), uma semana depois das eleições para a presidência do partido. O destino de grande parte deles deve ser o PSOL, sigla formada por petistas expulsos, como a senadora Heloísa Helena.

Krakhecke considera natural a mobilização. “Isso não é novidade. São lideranças que sem dúvida fizeram história no PT e justamente essa história é maior do que os tropeços”, afirma.