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Árvore "que chora atrai curiosos no Parque dos Poderes
Uma castanheira do mato coberta por uma fina camada de gelo chamou a atenção de curiosos no Parque dos Poderes, à margem da Avenida do Poeta, em Campo Grande. A planta tem expelido água e por isso foi propagado que havia uma árvore chorando na reserva.
Segundo informações da agência de notícias do governo, dentre a pequena multidão que ali se aglomerava na manhã desta quarta-feira, alguns já empunhavam copos e garrafas plásticas para guardar um pouco da água santa.
O fenômeno, porém, tem explicação científica, segundo o biólogo Vinicius Andrade Lopes, fiscal ambiental do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul.
Em dias frios e úmidos, estando o solo encharcado de água, as raízes podem, excepcionalmente, empurrar a seiva até a copa da árvore. Como a seiva não evapora, devido à baixa temperatura e da saturação de umidade do ambiente, acaba saindo pelas folhas.
Este processo tem o nome de sudação ou gutação e, é muito comum nas plantas, explica o biólogo. É como se fosse a transpiração das plantas, assim como ocorre conosco. Isso acontece quando a planta tem água em excesso. Certas plantas não fazem isso, como os cactos, que costumam armazenar a água, mas outras, dependendo da umidade e do calor excessivo do ambiente, ocasionam este fenômeno, complementa.
A árvore fica quase na esquina da Avenida do Poeta com a Avenida Valdir dos Santos Pereira. Alguns pontos de referência são o prédio da governadoria e o Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo.