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Artigo: Lembranças de Carlos Pulino

Por Carlos André Prado Pulino é médico oftalmologista  em 20 de setembro de 2010 - 09:03

PARIS
Capital da França, mundialmente conhecida como a Cidade das Luzes, é a maior cidade do país e a segunda maior da Europa, perdendo apenas para Moscou. Paris é um pólo comercial, industrial, financeiro e turístico que, juntamente com Nova Iorque, Londres, e Tóquio completa o quarteto de cidades mais importantes do mundo.
Esta cidade começou como uma aldeia, de nome Lutétia Parisiorum, que foi fundada pela tribo céltica dos Parisii, muitos séculos antes de ser conquistada pelos romanos em 52a.C. Os fundadores formaram um pequeno centro urbano na margem esquerda do Rio Sena. A chegada dos romanos liderados por Julio César e as ameaças de invasão dos Bárbaros, fizeram com que o núcleo se transferisse para a maior ilha existente no rio, chamada mais tarde de Ilha da Cidade, iniciando aí o primeiro núcleo civil e religioso de Paris. A partir do Séc.XVII transformou-se numa das mais importantes e mais belas capitais do mundo, que foi palco de vários acontecimentos marcantes, como revoluções, a assinatura do Tratado de Versalhes em 1919, ocupação pelas tropas alemãs na Segunda Guerra Mundial durante quatro anos e foi ainda sede dos Jogos Olímpicos por duas vezes, em 1900 e em 1924.

Também foi lá a Copa do Mundo de Futebol de 1998.

Em viagens para o exterior, a gente sempre acaba gostando ou simpatizando mais com uma ou outra cidade ou mesmo país, vai do gosto pessoal de cada um, mas Paris, Ah! Paris! Esta eu considero “hours concours”, não consigo compará-la com nenhuma outra cidade que eu já tenha visitado. E olha que, à exceção de Varsóvia, na Polônia, já estive em todos os outros países e capitais da Europa. Paris é mesmo especial. É a cidade que mais recebe turistas em todo o mundo há vários séculos. Pode-se dizer que aquele que viaja para a Europa e não a visita, não foi realmente a Europa.

Tive a grata satisfação de visitá-la por quatro vezes, e o encantamento é sempre igual ao da primeira vez.
Quando fui durante a primavera, os jardins estavam muito bem cuidados e havia flores em todos eles, as pessoas com uma alegria visível, pois a estação fria estava acabando e a natureza dando mostras em todos os cantos da sua presença, com grama e folhas bem verdes e muitas flores colorindo tudo. A sensação de quem visita Paris pela primeira vez é a de que parece tudo arrumado, tudo certinho, como se estivessem nos esperando. Não se vê nada fora do lugar. Os famosos cafés franceses com suas calçadas repletas de mesas com toalhas sempre impecáveis e a limpeza das ruas constituem uma atmosfera especial que nos envolve e encanta. Concordo plenamente com o famoso escritor americano Ernest Hemingway, quando diz que “Paris é uma Festa”. Este é o título de um livro dele em que descreve exatamente as festas e a vida noturna parisiense no período em que lá morou.

A parte cultural e histórica da cidade é imensa, e os museus, monumentos, jardins, parques e palácios, são muitos mesmo. Nas quatro vezes em que lá estive, consegui conhecer vários, mas ainda tem muita coisa para ser vista e visitada.

A cidade é cortada pelo Rio Sena que, desde a antiguidade, vem ajudando a fazer a história, a cultura e a inspiração de muitos artistas, e que também arranca suspiros dos apaixonados que caminham pelas suas margens e descobrem uma Paris diferente de cada lado do rio. Sempre vamos descobrir ou redescobrir algo novo a cada visita, pois sempre há alguma novidade que deixamos “escapar” da primeira vez.

Para se conhecer a cidade existem treze linhas de metrô, que nos levam a uma centena de lugares, todos com muitas atrações turísticas. Nas primeiras vezes, tinha receio em me aventurar no emaranhado das linhas coloridas do metro, mas nas últimas vezes já estava craque em ir e vir para todo canto, me sentindo totalmente confiante e independente. Além deles há ônibus e bondes, mas a maneira mais gostosa de passear é caminhando, apreciando as construções, igrejas, lojas com vitrines deslumbrantes, verdadeiras maravilhas! Um roteiro imperdível é conhecer a Praça da Concórdia, passar pelo imenso Obelisco e seguir pela Avenida Champs Elysées ou “Campos Elíseos” até o Arco do Triunfo, trajeto que delicia os olhos de todos, pois aí estão vitrines de todas as grifes famosas, charmosos cafés e afamados restaurantes. E gente, muita gente de todo o mundo.

Outra maneira de conhecer a cidade é tomar um barco, um Bâteaux-Mouches, e percorrer todo o Rio Sena, num passeio de uma ou duas horas, onde você pode até almoçar a bordo, desfrutando de uma vista incrível.
Aliás, as margens do Rio Sena foram inscritas pela UNESCO, em 1991, na lista do Patrimônio Mundial.