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Aftosa: autoridades preocupadas com a situação do Paraná
A liberação para o abate e comercialização do gado brasileiro criado na zona de perigo sanitário formado pelos Estados de Mato Grosso do Sul e do Paraná depende, agora, dos produtores e do governo paranaenses. A declaração é do titular da Seprotur (Secretaria de Produção e Turismo), Dagoberto Nogueira Filho, ao avaliar que os órgãos estaduais e a classe rural sul-mato-grossense cumpriram sua parte no combate aos focos de febre aftosa que, desde setembro, implantaram uma série de incertezas na economia local, e, agora, é a vez do Paraná tomar atitudes com este fim.
Nogueira Filho informou que tem mantido contatos freqüentes com o secretário de Agricultura do Paraná e vice-governador daquele Estado, Orlando Pessuti, tanto para informar sobre as ações tomadas em caráter regional como para conhecer os procedimentos adotados pelo Estado vizinho onde a determinação para abate em uma propriedade rural acabou questionada na Justiça, sendo acatada há poucos dias.
O interesse das autoridades estaduais está na chegada da missão européia que irá avaliar as ações de combate à doença nas áreas infectadas pela aftosa incluindo tanto Mato Grosso do Sul como o Paraná. João Cavalléro, diretor-presidente da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), diz estar preocupado quanto ao fato dos paranaenses não terem tomado, ainda, as medidas necessárias para o combate à aftosa. Tomamos nossas medidas para virar zona livre da febre aftosa. Já o Paraná não fez nada, sentenciou.
Amanhã, os europeus devem chegar à região de Eldorado onde foi identificado o primeiro foco de aftosa. Nogueira Filho diz estar otimista com a presença da missão. Quando uma missão vai a alguma região, ou é para fechar o mercado ou é para o abrir. Pode ser que não se abra o mercado externo para a nossa carne ainda, mas estou confiante, relatou o secretário.